quinta-feira, 30 de outubro de 2008

A Crise Econômica Mundial

Para Lula, Estado é 'quem vai salvar' mercados de crise

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente de El Salvador, Antonio Saca
Lula foi recebido por líder salvadorenho e criticou mercados
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a chamar os mercados de "cassino" nesta quinta-feira e disse que é o Estado quem vai salvá-los da crise financeira global.

Durante discurso na 18ª Cúpula Ibero-Americana, realizada em San Salvador, Lula chamou de "conservadores" aqueles que durante a década de 80 "achavam que o Estado gastava demais".

"Agora quem vai salvá-los é o Estado, que eles diziam que não servia para nada", afirmou.

O presidente disse ainda que não permitirá que a crise nos mercados reduza os investimentos do governo.

Proposta conjunta

O tema da cúpula deste ano são os jovens, mas praticamente todos os chefes de Estado presentes incluíram a crise financeira em seus discursos.

O presidente Lula foi um dos mais duros, com críticas ao sistema financeiro atual, que muitas vezes "tentou nos dizer por que e como fazer".

"É preciso redefinir o papel do Estado, pois eles (o mercado) não tomaram conta deles próprios", disse o presidente.

Lula sugeriu ao secretário-geral ibero-americano, Enrique Iglesias, que os líderes saiam do encontro com algum tipo de proposta conjunta sobre como reformular o sistema financeiro mundial.

"O tema da cúpula é a juventude, mas seria estranho sairmos daqui sem uma proposta conjunta sobre a crise", disse o presidente.

Morales

Antes da sessão plenária, o presidente Lula tomou café da manhã com o presidente da Bolívia, Evo Morales. Esta foi a única reunião privada com outro chefe de Estado.

Segundo o Itamaraty, Lula parabenizou Morales pelo acordo com a oposição que deve viabilizar a reforma constitucional na Bolívia.

Lula aproveitou o encontro e pediu que o presidente boliviano apresse a execução de projetos financiados pelo BNDES em seu país.

Sem isso, novas linhas não poderão ser aprovadas.

Zapatero

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse aos jornalistas que está intercedendo junto ao governo americano para que o primeiro-ministro espanhol, José Luis Rodriguez Zapatero, participe da reunião do G20, que será realizada no dia 15 de novembro em Washington.

A Espanha será representada na reunião do G20 pelo atual presidente da União Européia e presidente da França, Nicolas Sarkozy, mas Zapatero também quer um lugar para seu país à mesa.

Segundo o jornal espanhol El Pais, Zapatero teria dito que somente três países estão buscando uma reforma profunda do sistema financeiro mundial: Espanha, Grã-Bretanha e Brasil. O restante se propõe, de acordo com Zapatero, a apenas "maquiar o atual sistema".

A pedido do presidente Lula, Amorim telefonou na noite de quarta-feira para a representante comercial dos Estados Unidos, Susan Schwab, sugerindo a presença de Zapatero na reunião, que vai discutir uma nova arquitetura para o sistema financeiro mundial.

"A idéia inicial da reunião era de que não fosse fechada ao G20", disse Amorim. Segundo o ministro, além da Espanha, um país emergente também será convidado, mas o nome ainda não foi definido.

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terça-feira, 21 de outubro de 2008

A crise econômica mundial - entrevista com Roberto Rates Quaranta.


Trabalho realizado pelos alunos: Allyson Fernando, Melyna Bitar, Augusto Souto, Rafael Vilarim, Isabela Buarque, Raphaela França, Isabella Quaranta, Túlio Albuquerque, Maria Eduarda e Victoria Arruda da 8ª série A do Colégio Marista São Luís.

No dia 19/10 o grupo se reuniu com o empresário do ramo de finanças Roberto Rates Quaranta para um bate-papo sobre a crise econômica mundial. Abaixo, a entrevista.


1. Como essa crise começou?

A recente crise no mercado financeiro norte-americano começou no setor de hipotecas, empréstimos garantidos por um imóvel. Os bancos de investimento americanos financiaram a aquisição de casas e receberam títulos dos tomadores dos empréstimos, que tinham como garantia o próprio imóvel (que nos Estados Unidos são facilmente retomados caso haja falta de pagamento das prestações). No primeiro momento foram atendidos os clientes prime (bons pagadores). Como o dinheiro estava farto e os clientes prime já tinham sido atendidos, a solução encontrada foi oferecer dinheiro para os clientes subprime (que é o inverso do cliente prime, é o cliente que oferece risco para o banco, é o cliente que tem grande possibilidade de não pagar os seus empréstimos. Este novos compradores de imóveis criaram uma forte pressão de demanda, o que provocou uma supervalorização do preço dos imóveis. Portanto, os clientes subprime receberam mais dinheiro dos bancos e ofereceram como garantia imóveis artificialmente valorizados.

Como já era esperado os clientes subprime fizeram o seu papel: não pagaram as prestações da casa própria. Os bancos de investimento começaram a retomar os imóveis. O passo seguinte foi colocá-los à venda, o que criou uma forte pressão de oferta e provocou uma rápida queda no preço dos imóveis. Mesmo assim os compradores não apareceram.

Essa situação trouxe um sério problema de caixa para os bancos de investimento. Era o início da crise. Todavia, se a mesma estivesse confinada ao setor de hipotecas não seria tão grave. Mas não estava, houve uma contaminação geral.

2. Como um pequeno segmento do mercado financeiro contaminou todo o mercado?

A explicação está na sofisticação dos produtos financeiros. Há no mercado financeiro um título cujo lastro (garantia) é a carteira hipotecária, ou seja, os valores a receber daqueles que financiaram a compra de imóveis. O nome dessa operação é “securitização de recebíveis”. Os bancos de investimento emitem estes títulos visando uma antecipação de seus recebimentos. Com o dinheiro recebido na venda dos títulos havia a possibilidade de se emprestar mais, securitizar mais, receber mais, emprestar mais, securitizar mais ...

Quem compra esses títulos são as outras instituições financeiras, os fundos de investimento e os fundos de pensão de todas as partes do mundo, todos à procura de um maior retorno para as suas aplicações. Parece que esses compradores se esqueceram que no mundo financeiro não existe mágica, maior retorno sempre vai corresponder a maior risco, não há possibilidade de se fugir do equilíbrio risco retorno.

A securitização de recebíveis interligou todo o mercado financeiro mundial e rolo estava formado. Logicamente, o processo só se manteria em pé se os primeiros da linha honrassem os seus compromissos. Mas na linha de frente estavam os clientes prime e subprime, e como já era esperado os últimos não pagaram as suas prestações.

O que se viu foi a retomada dos imóveis, que quando colocados a venda criaram um excesso de oferta de imóvel. Esse excesso de oferta, ajudado por uma retração da demanda (procura), provocou uma forte queda de preço dos imóveis. Mesmo assim os compradores não apareceram. Os bancos de investimento ficaram com sério problema de liquidez (não tinham como converter títulos em dinheiro) e os títulos lastreados na carteira de hipotecária perderam o seu valor (“micaram”). O “mico” está presente nas carteiras das instituições financeiras, fundos de investimento e fundos de pensão ao redor do mundo. Todos estão contaminados.

3. Para onde vai o dinheiro que as pessoas e as empresas estão perdendo?


Em primeiro lugar, considere que as ações são títulos (papéis) representativos do capital de uma empresa. O preço “justo” ou “adequado” de uma ação deve refletir a expectativa de resultados futuros desse papel, e é fruto da avaliação de especialistas, após análise dos prováveis resultados futuros da empresa. No entanto, esse mesmo “preço justo” pode ser totalmente diferente da cotação dessa mesma ação na Bolsa de Valores, pois nesse caso vai refletir a média das expectativas de compradores e vendedores de ações.

As perdas nas bolsas de valores ocorrem, por exemplo, quando alguém que comprou um lote de ações por R$ 1.000,00 vende esse mesmo lote por R$ 950,00. Quem vendeu, perdeu R$ 50,00. E quem ganhou? A vitória ou a derrota só pode ser avaliada depois. Dias, meses ou mesmo anos. Caso quem comprou essas ações por R$ 950,00 venda-as um mês depois por R$ 1.000,00, terá um ganho de 5,26% (sem considerar a inflação). Se a inflação do mês for superior a 5,26%, ela ganhou. Se for inferior a esse índice, ela perdeu.

No mercado financeiro não há empate: existem vencedores e perdedores. Para cada perdedor existem um ou mais vencedores.

4. Como os governos pretendem ajudar os bancos nessa crise?

Para tentar contornar o caos, os Estados Unidos lançaram um plano de emergência, que liberou US$ 700 bilhões do dinheiro do governo para dar fôlego aos bancos e recuperar a confiança das pessoas para realizar novas operações. Sem essa ajuda, os bancos ficariam sem dinheiro para emprestar, o que impediria novos investimentos, diminuiria a produção, gastos e compras e levaria a economia a uma recessão. Mas os resultados ainda não trouxeram grandes melhoras.
Os seis maiores bancos centrais do planeta - Estados Unidos, Inglaterra, Canadá, Suécia e Suíça - também tomaram uma atitude e cortaram suas taxas básicas de juros para oferecer crédito mais acessível às empresas e pessoas, para que elas voltem a produzir e consumir.

Com os pacotes de ajuda financeira, os governos pretendem resgatar esses títulos, isto é, comprá-los, para dar liquidez ao mercado. Dar liquidez significa trocar papéis por dinheiro. O que para muitos pode parecer um ato de caridade, para outros é visto como uma atitude extremamente inteligente. Com a depuração e relançamento no mercado dos títulos que comprou por preço baixo, os Tesouros Nacionais podem estar fazendo um negócio da China, pois o preço de compra dos títulos podres está no chão e no meio deles há muita coisa boa (clientes prime).

5. Como a crise está afetando o Brasil?

A crise no sistema bancário nos Estados Unidos tem provocado quedas generalizadas nas bolsas de todo mundo e muitas dúvidas sobre a economia global. A Bolsa de Valores de São Paulo também vem sofrendo com grandes quedas, o valor do dólar voltou a subir e o crédito internacional ficou mais difícil.
Uma das principais vias de contágio da crise se dá por meio da falta de crédito. Com a crise atual, há menos dinheiro no mercado e bancos em todo o mundo estão mais cautelosos, têm diminuído seus empréstimos e cobrado mais caro por eles.
Os bancos brasileiros também já estão encontrando taxas muito altas para tomar empréstimos no exterior. A expectativa é que essa situação afete o crescimento do crédito no Brasil, de forma geral, e a capacidade de investimento das empresas, em particular. A falta de crédito internacional também pode afetar empresas estrangeiras que planejam fazer investimos diretos no Brasil.
A queda nas bolsas afeta a economia real por pelo menos duas vias: quem investiu na bolsa tem menos dinheiro para gastar, e as empresas têm que procurar outras fontes de financiamento.

Após quedas recordes da moeda americana em julho, o dólar voltou a se valorizar de forma crescente a partir de agosto de 2008. Por um lado, o dólar mais forte pode, caso a alta se sustente, ajudar os exportadores a se tornarem mais competitivos, o que é festejado por vários empresários e economistas. Por outro, a alta pode atrapalhar no combate à inflação. Essa alta pode pesar na avaliação do Banco Central sobre a subida dos juros.
Existe a expectativa de que o crescimento mundial diminua, especialmente em 2009, o que deve significar menos comércio internacional e o risco de uma redução das exportações brasileiras. Por outro lado, a desvalorização do real pode tornar os produtos brasileiros mais competitivos e derrubar as importações.

6. Como a crise afeta o nosso dia-a-dia?

Alguns exemplos:

Para quem quer viajar pro Exterior: com a alta do dólar, economize ainda mais dinheiro e, quando viajar, evite se jogar no cartão de crédito. As passagens aéreas e pacotes para o Exterior, inclusive para a América Latina, geralmente são vendidas em dólar. Quem vai para a Europa também precisa de cautela, pois o euro também está subindo.

Para quem investe na bolsa: tenha paciência e cautela na hora de tomar suas decisões. A tendência é a situação se estabilizar no médio prazo. Quem é jovem e investe na bolsa tem tempo para colher uma boa grana na bolsa. É só saber esperar.

Para quem consome produtos importados: quem curte um chocolatinho belga ou uma batatinha americana, prepare o bolso. Sem falar dos eletroeletrônicos. Produtos de informática, por terem alto índice de componentes importados, devem ficar mais caros.

Para quem quer entrar no mercado de trabalho: com a diminuição de créditos nos bancos do mundo todo, podem diminuir os investimentos de empresas estrangeiras no país. Por isso, se puxa nos estudos. O mercado de trabalho busca gente qualificada e bem preparada para trabalhar, independentemente da crise.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Temas en lengua castellana

He descubierto este sitio donde podrán encontrar varios temas en castellano, incluso, claro, algo de la propia lengua.
Buen provecho!
www.escolar.com

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Internacionalização da Amazônia

Um dos grandes patrimônios da população brasileira é a Floresta Equatorial (Floresta Amazônica). A grande biodiversidade e riqueza presente nesse bioma disperta a cobiça de várias nações do planeta.
Não podemos deixar que este patrimônio seja destruido e vendido a grandes coporações ou até mesmo para hiperpotêcias mundiais.
Com grande louvor o ex-ministro da educação Cristovam Buarque defendeu o nosso patrimônio durante uma palestra nos Estados Unidos.
Assistam, tirem suas conclusões e tenham orgulho de ser brasileiro.

http://www.youtube.com/watch?v=awniNjJ0eC0

Vídeos sobre Aquecimento Global

Deixo aí os links para os vídeos que passei em sala sobre o Aquecimento Global.

http://www.youtube.com/watch?v=wVB0QkRACcE

http://www.youtube.com/watch?v=JkNgXUFBlMM

http://www.youtube.com/watch?v=xuo1b6xfciI